Portugal ainda não tem empresas sociais porque o ecossistema necessário para a sua criação e desenvolvimento (resultante de uma combinação de enquadramento legal, financiamento, vontade das instituições, etc.) não existe. Esta é a uma das conclusões alcançadas pelo ASII após consulta a peritos ingleses, franceses e portugueses em entrevistas individuais e “focus groups” já realizados.
O diagnóstico da situação dos negócios sociais em Portugal resulta de uma primeira fase de trabalho do ASII, com participação alargada dos vários intervenientes e comparação com outras realidades (francesa e inglesa), geralmente aceites como exemplos a seguir. Dada a dificuldade de acesso a dados quantitativos, o ASII utilizou uma abordagem top-down, partindo da identificação de boas práticas e fatores críticos de sucesso para o arranque do novo mercado em Portugal.
Na fase que vai agora iniciar, o ASII vai trabalhar com um conjunto de entidades sociais para desenvolver projetos de empresa social a apresentar a investidores privados. O ASII vai assim concentrar-se na identificação de entidades de dimensão relevante, com modelos de apoio solidário provados e competências técnicas reconhecidas, aumentando o potencial impacto social do investimento e reduzindo o risco.